Na primeira parte do Principio da Espera, dei mais enfoque ao tempo que Deus deu aos solteiros, e como enfatizei estar solteiro não é ruim, é uma benção. Para alguns isso pode ser um chamado de vida, mas para outros pode ser apenas um tempo.

Quando eu explicava o Princípio da Espera, eu parti do ponto onde Abraão, em Gênesis 24, envia seu servo para trazer uma esposa para o seu filho. O interessante é que no verso 62, a Bíblia fala que ele, Isaac, saíra ao campo para meditar; em algumas versões diz que ele foi orar. Isso mostra seu amor pelas coisas de Deus e por Deus. Ele investia seu tempo com a palavra, porque depois que um homem se casa, ele é responsável por dirigir seu lar, e sozinho ele não tem condições, a não ser se estiver baseado firmemente na palavra. Lembre-se da parábola do homem que construiu sua casa na rocha. Vejamos Josué 1:8: “Não se aparte de tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então fará prosperar o teu caminho, e será bem sucedido” e Salmo 119.97: “Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia!”.

A comunhão do homem com Deus vai influenciar diretamente no seu relacionamento com sua esposa e filhos. Veja que foi Jesus, através de sua morte na cruz que santificou sua noiva. Assim o homem, quanto mais comunhão com Deus, mais santifica sua casa.

Rebeca também investia seu tempo trabalhando e fazendo coisas. Ela não gastava seu tempo se arrumando, produzindo, mas fazendo aquilo que a preparasse para o seu casamento. Ela estava disposta a servir. Uma mulher que não tem essa visão de serviço pesa de forma negativa no casamento. Não sou contra as mulheres se produzirem, e cuidarem da sua beleza, mas esse não pode ser o alvo principal, e sim uma parte do processo, e se possível, que seja para servir as pessoas, principalmente seu marido depois de casada.

Gostaria de mostrar outro princípio que está estritamente ligado ao Princípio da Espera: o Princípio da Parceria, uma parte importante do Princípio da Espera – e eles estão entrelaçados. Vejamos porque:

Voltemos para Genesis 24, onde Abraão como pai envia seu servo para trazer uma esposa para Isaac. Mas isso nos dias de hoje seria muito ridículo; como um pai teria coragem de escolher a esposa para seu filho? Como um filho permitiria que o pai escolhesse a esposa pra ele, ou um marido pra ela? Talvez pelos costumes da época isso fosse aceitável mas não nos costumes de hoje. Então como seria esse procedimento? Como eu conseguiria confiar nos meus pais?

Eu acredito que quanto mais o coração dos pais se aproxima do coração dos filhos, mais o coração dos filhos se aproxima do coração dos pais. Isso tem lógica de acordo com a Bíblia, onde em Malaquias 4.5-6 diz: “Eis que eu vos enviarei o espírito do profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição”. É importante frisar que esse processo começa no coração dos pais.

Quero explicar um pouco o verso 5. Nos tempos onde Deus levantou o profeta Elias, o povo de Israel estava em meio ao reinado de Acabe, que se casou com a gentia Jezabel; e foi quando o profeta desafiou os profetas de Baal no monte Carmelo; nessa época, a idolatria nos templos de Baal estava intimamente ligada à prostituição. As sacerdotisas eram também prostitutas dos tempos, e isso terminou corrompendo o povo de Deus. Deus quer e está levantando uma geração com o mesmo espírito de Elias, que venha para confrontar esses espíritos que estão dominando as pessoas hoje, idolatria e prostituição. Elias também é visto como um profeta do fim dos tempos. Isso quer dizer que Deus quer que nos levantemos na força dele, e no seu Espírito para sermos uma geração que combata a idolatria e a prostituição, mas também que nossos corações sejam totalmente não só do Pai celeste, mas também nossos pais aqui nessa terra.

Voltando a Abraão e Isaac, nosso papel é primeiro sermos exemplos, confiando em nossos pais e conhecendo-os, a ponto de permitirmos que eles possam participar da escolha do nosso cônjuge. Podemos entender a partir de um processo figurado, onde Abraão é Deus que envia seu servo para buscar uma esposa para seu filho; o servo é o Espírito Santo que faz tudo acontecer; e Isaac é Jesus, o filho esperando pela noiva linda e pura, representada por Rebeca. Deus quer nos dar o melhor, apenas precisamos confiar nas pessoas que ele colocou para nos ajudar nessa terra: nossos pais.

Deus me deu o privilégio de nascer em um lar cristão, e aos 4 anos tive a minha experiência com Deus, e graças a Ele, nunca me desviei dos caminhos dele. Deus tem trabalhado em minha vida, assim como a vida dos meus pais, permitindo que conheçam meus gostos e opiniões, a ponto de que eles possam chegar a sugerirem alguém para ser minha esposa, sem eu ficar constrangido ou bravo, porque o que eles querem, é o melhor para mim. A decisão não é somente dos meus pais, e nem somente minha. A parceria está integrada, e a decisão é em conjunto. Quando Deus enviar a pessoa para mim, ele falará diretamente ao meu coração, mas também dará paz ao coração de meus pais quanto à pessoa que Deus está enviando.

Oro para que os nossos corações se convertam cada dia mais ao de nosso Senhor Jesus, e também ao dos nossos pais, para que a profecia de Malaquias 4 se cumpra em nossos dias.

Samuel e Débora Costa
Consultores, Palestrantes e Treinadores da UDF.

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